domingo, 28 de abril de 2013

Bacalhau com queijo cremoso e crosta de farelo de aveia

Pois bem, mais uma tentativa de fazer dieta. Já fiz tantas em minha vida que até já perdi as contas de quantas foram. Algumas com sucesso e tantas fracassadas. Com exercício e sem exercício. Mas todas elas, as dietas, são sinônimos de privação. Algo tem que ser deixado de lado, quando não, muitas coisas. Mas faz parte.
A do momento é a Dieta do Dr Dukan, ou a Dietas das Francesas, que emagreceu a princesa Kate e outras tantas celebridades. Mas viajando pela net, descobrimos uma centenas de pessoas comuns que estão seguindo a dieta e que estão logrando êxito. Espero, brevemente, estar entre elas.
São 3 fases, pra quem nunca ouviu falar da dieta: 
Fase 1 - Ataque: somente proteínas puras e nada mais. 
Fase 2 - Cruzeiro: Proteínas e legumes e verduras
Fase 3 - Consolidação: Proteínas, verduras e legumes, 1 fruta e 1 carboidrato.
A meta é emagrecer 20 kg e manter-me assim.

Essa é uma receita para a fase 1:



Ingredientes para 2 pessoas:

600 g de bacalhau limpo e dessalgado
200 g de requeijão cremoso 0% gordura
50 ml de iogurte natural 0% gordura
salsinha picada a gosto
2 claras batidas em neve
2 gemas
3 colheres de sopa de farelo de aveia
pimenta a gosto


Modo de preparar:

Afervente o bacalhau já limpo e dessalgado e corte em lascas grandes. Misture o requeijão cremoso, o iogurte e a salsinha, tempere com pimenta a gosto (usei calabresa moída). Incorpore bem os ingredientes, adicione as duas gemas e misture. Bata as claras em neve, bem duras, e assim que estiverem bem firmes, incorpore à mistura do bacalhau, suavemente. Coloque toda a mistura em uma forma refratária (usei uma de silicione) e cubra a superfície com o farelo de aveia. leve ao forno a 200º por 20 minutos, ou até que a casquinha superior esteja dourada e crocante.
Resultado: dá para ser muito feliz com 0% de gordura e comendo só proteínas sem renunciar ao sabor.


Feijoada à minha moda



Amiga Helena Sangirardi
Conforme um dia prometi
Onde, confesso que esqueci
E embora — perdoe — tão tarde
(Melhor do que nunca!) este poeta
Segundo manda a boa ética
Envia-lhe a receita (poética)
De sua feijoada completa.
Em atenção ao adiantado
Da hora em que abrimos o olho
O feijão deve, já catado
Nos esperar, feliz, de molho
E a cozinheira, por respeito
À nossa mestria na arte
Já deve ter tacado peito
E preparado e posto à parte
Os elementos componentes
De um saboroso refogado
Tais: cebolas, tomates, dentes
De alho — e o que mais for azado
Tudo picado desde cedo
De feição a sempre evitar
Qualquer contato mais… vulgar
Às nossas nobres mãos de aedo.
Enquanto nós, a dar uns toques
No que não nos seja a contento
Vigiaremos o cozimento
Tomando o nosso uísque on the rocks
Uma vez cozido o feijão
(Umas quatro horas, fogo médio)
Nós, bocejando o nosso tédio
Nos chegaremos ao fogão
E em elegante curvatura:
Um pé adiante e o braço às costas
Provaremos a rica negrura
Por onde devem boiar postas
De carne-seca suculenta
Gordos paios, nédio toucinho
(Nunca orelhas de bacorinho
Que a tornam em excesso opulenta!)
E — atenção! — segredo modesto
Mas meu, no tocante à feijoada:
Uma língua fresca pelada
Posta a cozer com todo o resto.
Feito o quê, retire-se o caroço
Bastante, que bem amassado
Junta-se ao belo refogado
De modo a ter-se um molho grosso
Que vai de volta ao caldeirão
No qual o poeta, em bom agouro
Deve esparzir folhas de louro
Com um gesto clássico e pagão.
Inútil dizer que, entrementes
Em chama à parte desta liça
Devem fritar, todas contentes
Lindas rodelas de lingüiça
Enquanto ao lado, em fogo brando
Dismilingüindo-se de gozo
Deve também se estar fritando
O torresminho delicioso
Em cuja gordura, de resto
(Melhor gordura nunca houve!)
Deve depois frigir a couve
Picada, em fogo alegre e presto.
Uma farofa? — tem seus dias…
Porém que seja na manteiga!
A laranja gelada, em fatias
(Seleta ou da Bahia) — e chega
Só na última cozedura
Para levar à mesa, deixa-se
Cair um pouco da gordura
Da lingüiça na iguaria — e mexa-se.
Que prazer mais um corpo pede
Após comido um tal feijão?
— Evidentemente uma rede
E um gato para passar a mão…
Dever cumprido. Nunca é vã
A palavra de um poeta…— jamais!
Abraça-a, em Brillat-Savarin
O seu Vinicius de Moraes

Texto extraído do livro “Para viver um grande amor”, Livraria José Olympio Editora – Rio de Janeiro, 1984, pág. 97.

Para homenagear o centenário do Poetinha!

sábado, 27 de abril de 2013

Gastronomia...afinal o que é isto?


A Gastronomia é o conhecimento fundamentado de tudo o que se refere ao homem, na medida em que ele se alimenta. Seu objetivo é zelar pela conservação dos homens, por meio da melhor alimentação possível.
[...]
A Gastronomia está relacionada:
À história natural, pela classificação que faz das substâncias alimentares;
À física, pelo exame de seus componentes e de suas qualidades;
À química, pelas diversas análises e decomposições a que submete as substâncias;
À culinária, pela arte de preparar as iguarias e torná-las agradáveis ao gosto;
Ao comércio, pela pesquisa dos meios de adquirir pelo menor preço possível o que consome, e de oferecer o mais vantajosamente possível o que vende;
Enfim, à economia política, pelas fontes de renda que representa à tributação e pelos meios de troca que estabelece entre as nações.



BRILLAT-SAVARIN, Anthelme. A fisiologia do gusto. São Paulo: Cia. Das Letras, 1999, p. 57-58.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Salada de manga

Uma coisa muito simples, requer pouco esforço e nem muita habilidade. Mas asseguro que o sabor é inusitado, uma explosão de aromas a cada mordida.



Ingredientes:

2 mangas ainda não muito maduras
3 colheres de sopa de azeite extravirgem de oliva
sal a gosto
1 pitada de pimenta calabresa moída
coentro picado a gosto

Modo de preparar:

Corte as mangas em cubos pequenos, tempere com sal, pimenta e azeite de oliva. Adicione o coentro bem picadinho, mexa bem, e deixe marinando por 20 minutos. É surpreendente. O sabor exótico da manga um pouco verde e o frescor do coentro, enriquecidos por um toque ardido da pimenta calabresa irá surpreender. Garanto!