terça-feira, 28 de junho de 2011

Sopa de coalhada com quibe

O friozinho do Rio está convidativo para uma sopa. É verdade, ta fazendo um pouco de frio na Cidade Maravilhosa. Um maço de hortelãs, na feira de hoje, me inspirou a preparar essa sopa. Labne, em árabe. É simples, fácil de preparar e o resultado vale a pena.




Ingredientes:

600 ml de coalhada fresca
100 ml de leite
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 ovo
pimenta síria a gosto
sal a gosto
2 colheres de sopa de manteiga
2 dentes de alho socados
2 colheres de sopa de hortelã fresca picada
12 mini-quibes

Modo de preparar:

Bata no liquidificador ou mixer a coalhada, o leite, a farinha de trigo e o ovo. Frite os mini-quibes em óleo bem quente e reserve. Numa panela, frite o alho socado em 1 colher de sopa de manteiga, e assim que estiver dourado, adicione a coalhada batida, tempere com sal e pimenta síria e mexa sem parar, até que fique bem quente, sem ferver. Acrescente os quibes ja fritos, mexa e sirva, salpicando o prato com a hortelã fresca picada.


São Pedro e São Paulo - 29/6

Dia 29 de Junho a Igreja Católica do mundo inteiro celebra a santidade de vida de São Pedro e São Paulo. Estes santos são considerados “os cabeças dos apóstolos”, por terem sido os principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, tanto por sua fé e pregação, como pelo ardor e zelo missionários.


Pedro, que tinha como primeiro nome Simão, era natural de Betsaida, irmão do Apóstolo André. Pescador, foi chamado pelo próprio Jesus e, deixando tudo, seguiu ao Mestre, estando presente nos momentos mais importantes da vida do Senhor, que lhe deu o nome de Pedro. Em princípio, fraco na fé, chegou a negar Jesus durante o processo que culminaria em Sua morte por crucifixão. O próprio Senhor o confirmou na fé após Sua ressurreição (da qual o apóstolo foi testemunha), tornando-o intrépido pregador do Evangelho através da descida do Espírito Santo de Deus, no Dia de Pentecostes, o que o tornou líder da primeira comunidade. Pregou no dia de Pentecostes e selou seu apostolado com o próprio sangue, pois foi martirizado em uma das perseguições aos cristãos, sendo crucificado de cabeça para baixo a seu próprio pedido, por não se julgar digno de morrer como Seu Senhor, Jesus Cristo.

Escreveu duas Epístolas e, provavelmente, foi a fonte de informações para que São Marcos escrevesse seu Evangelho.

Paulo, que tinha como nome antes da conversão Saulo ou Saul, era natural de Tarso. Recebeu educação esmerada “aos pés de Gamaliel”, um dos grandes mestres da Lei na época. Tornou-se fariseu zeloso, a ponto de perseguir e aprisionar os cristãos, sendo responsável pela morte de muitos deles.

Paulo não fazia parte do grupo dos doze, converteu-se à fé cristã no caminho de Damasco, quando o próprio Senhor Ressuscitado lhe apareceu e o chamou para o apostolado. Paulo não fechou seus ouvidos. Ouviu e entendeu as Palavras de Jesus deixou-se invadir pelo Espírito Santo e entregou-se de corpo e alma ao serviço da evangelização. Tornou-se um grande missionário e doutrinador, fundando muitas comunidades. De perseguidor passou a perseguido, sofreu muito pela fé e foi coroado com o martírio, sofrendo morte por decapitação.

Escreveu treze Epístolas e ficou conhecido como o “Apóstolo dos gentios”.


Pamonha de forno para São Pedro e São Paulo

Ingredientes:

12 espigas de milho verde amarelas
1 litro de leite
2 xícaras de chá de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga derretida
1 colher de sobremesa rasa de canela em pó
1 pitada de sal

Modo de preparar:

Retire o milho das espigas com uma faca, até aparecer o sabugo. Bata no liqüidificador, junto com o leite. Peneire e acrescente o açúcar, a manteiga derretida, a canela e a pitada de sal. Despeje o creme em um refratário e leve ao forno previamente aquecido, em banho-maria, a uma temperatura média, por aproximadamente uma hora ou até dourar.                                                       

domingo, 26 de junho de 2011

O Barão do Rio Branco: diplomata e gourmet

Foi o grande barão do Rio Branco que reforçou a diplomacia brasileira e era mestre na arte de receber. O serviço do cerimonial do Itamaraty, espaço que ele ocupou entre 1902 a 1912, sob seu comando, encomendou na Europa, cortinas, tapetes, móveis, louças, pratarias, cristais e elementos de decoração que até hoje são o orgulho da casa, agora, museu diplomático. O Itamaraty recebia delegações de diplomatas estrangeiros, comandos de navios da Marinha de Guerra de todo o mundo que aportavam no Rio de Janeiro, autoridades eclesiásticas que vinham de Roma e transitavam pela América Latina, escritores e filósofos echefes de Estado e membros das casas reais européias.
Carlos Cabral, autor do livro A mesa e a diplomacia brasileira: o pão e o vinho da concórdia, ressalta descobriu nos arquivos do Itamaraty, um telegrama do Barão do Rio Branco para Rui Barbosa, em Haia, na Conferência de Paz, quando Rui Barbosa escreveu falando da dificuldade em aprovar as propostas do Brasil. O Barão do Rio Branco incentivou: “ofereça um banquete por dia, porque é na mesa que se resolvem essas coisas”.


José Maria da Silva Paranhos Júnior, primeiro e único Barão do Rio Branco (Rio de Janeiro -1845/1912) foi geógrafo, historiador e advogado, formado pela Faculdade de Direito do Recife, membro da Academia Brasileira de Letras e diplomata. Atuou no Itamaraty nos governos de Rodrigues Alves, Afonso Penna, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca. Consolidou as fronteiras brasileiras, e é o responsável pelo desenho do nosso atual território.
Em 1945 recebeu uma grande homenagem do Governo: o órgão responsável pela formação dos diplomatas brasileiros, recebeu seu nome, Instituto Rio Branco.

Prato de porcelana de Limoges do serviço pessoal de Rio Branco


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Receita brasileira para São João

Bartolomé Esteban Murillo - 1665 - Museu do Prado

Ingredientes

1 xícara e meia de chá de milho para canjica
1 lata de leite condensado
a mesma medida de leite
canela em pó para polvilhar

Modo de Preparar

Deixe a canjica de molho em água fria por, no mínimo, 2 horas. Escorra a água e leve a canjica ao fogo em panela de pressão com dois litros e meio de água fria, reduzindo o fogo após a fervura. Deixe cozinhar por 1 hora. Depois de cozida, retire do fogo, deixe sair toda a pressão e abra a panela. Junte o leite condensado, o leite e deixe ferver por mais 5 minutos, mexendo de vez em quando até ficar cremosa. Despeje em uma tigela funda e sirva polvilhada com canela.
Você poderá variar o sabor desta receita, acrescentando um vidro de leite de coco e duas gemas desmanchadas em um pouco de leite, após acrescentar o leite condensado.Na região Nordeste esta receita é conhecida como Mungunzá, recebendo diversas variações de preparo.

Macarrão para a Festa de São João Batista (24/6)


Hyeronimus Bosch - São João Batista - Museu Lázaro Galdiano (Madrid)


Na Idade Média cristianizaram a festa pagã do solstício do Verão como 'festa de São João Batista'. Divulgou-se em toda a Europa. Homenageavam o Santo com as fogueiras já tradicionais na época romana. No Nordeste do Brasil organizam danças de quadrilhas. Santo Padroeiro da Ordem de Malta. São João tem sido venerado pelas Igrejas Ortodoxa, Católica e Anglicana. A Maçonaria praticante do Rito Escocês Antigo e Aceite, de origem católica, também promove a 'festa de São João de Verão'.


Andrea Solari - Salomé com a cabeça do Batista

 
João Batista é descrito na Bíblia como pessoa solitária, que vivia no deserto, e comia gafanhotos e mel. O caminho desse homem estranho e recluso, profeta de grande popularidade, cruzou com a da família real da época, a do rei Herodes Antipas da Galiléia. João condenou publicamente o fato do rei ser amante da própria cunhada, Herodíades. Salomé, filha de Herodíades, dançou tão bonito diante de Herodes, que este lhe prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou a oportunidade para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça degolada de João Batista sobre uma badeja, por volta do ano 30.
A tradição diz ainda que ele nasceu livre do pecado original e foi santificado ainda no útero de sua mãe. João é venerado com como um dos primeiros a seguirem uma vida de austeridade monástica. Na arte ele é mostrado batizando Jesus ou com um bastão que termina em forma de cruz. No Brasil é um dos três santos celebrados com grandes festividades no Nordeste. É o padroeiro da amizade e sua festa é celebrada no dia 24 de junho.

Guido Reni - São João Batista jovem

Receita da cidade de Foggia - região Puglia, sul da Itália

Ingredientes:

400 g de macarrão formato maccheroni
400 g de tomates pelados
150 g de azeitonas verdes picadas
8 filés de enchova dessalgados
2 colheres de sopa de alcaparras dessalgadas
100 ml de azeite de oliva extra virgem
1 dente de alho picado
150 g de queijo pecorino
pimenta-do-reino a gosto
6 colheres de sopa de salsa picada

Modo de preparar:
Doure o alho picado no azeite de oliva, acrescente as enchovas picadas e refogue um pouco. adicione as alcaparras, os tomates pelados, as azeitonas picadas e cozinhe por cerca de 10 minutos, em fogo médio. Enquanto isso, coloque bastante água para ferver, adicione o sal, e assim que a água começar a ferver, acrescente o macarrão. cozinhe-o al dente, escorra e salteie os macarrões no molho preparado previamente. Coloque na travessa de serviço e finelize pulverizando com a salsa picada.






domingo, 19 de junho de 2011

Dia da Santíssima Trindade


(Seguidor de Marteen de Voss - séc. XVI - col. part.)


Hoje, no calendário da Igreja Católica comemora-se a Santíssima Trindade. É um dos dogmas da Igreja Romana, onde Deus é uno e trino, ou seja, Ele é Pai, é Filho e é Espírito Santo.

Santo Agostinho de Hipona, grande teólogo e doutor da Igreja, tentou exaustivamente compreender este inefável mistério. Certa vez, passeava ele pela praia, completamente compenetrado, pediu a Deus luz para que pudesse desvendar o enigma. Até que deparou-se com uma criança brincando na areia. Fazia ela um trajeto curto, mas repetitivo. Corria com um copo na mão até um pequeno buraco feito na areia, e ali despejava a água do mar; sucessivamente voltava, enchia o copo e o despejava novamente. Curioso, perguntou à criança o que ela pretendia fazer. A criança lhe disse que queria colocar toda a água do mar dentro daquele buraquinho. No que o Santo lhe explicou ser impossível realizar o intento. Aí a criança lhe disse: “É muito mais fácil o oceano todo ser transferido para este buraco, do que compreender-se o mistério da Santíssima Trindade”. E a criança, que era um anjo, desapareceu... 
Santo Agostinho concluiu que a mente humana é extremante limitada para poder assimilar a dimensão de Deus e, por mais que se esforce, jamais poderá entender esta grandeza por suas próprias forças ou por seu raciocínio. Só o compreenderemos plenamente, na eternidade, quando nos encontrarmos no céu com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
DEUS PAI Não foi criado e nem gerado. É o “princípio e o fim, princípio sem princípio”; por si só, é Princípio de Vida, de quem tudo procede; possui absoluta comunhão com o Filho e com o Espírito Santo. Atribui-se ao Pai a Criação do mundo.
DEUS FILHO – Procede eternamente do Pai, por quem foi gerado, não criado. Gerado pelo Pai porque assumiu no tempo Sua natureza humana, para nossa Salvação. É Ele Eterno e consubstancial ao Pai (da mesma natureza e substância). Atribui-se ao Filho a Redenção do Mundo.

DEUS ESPÍRITO SANTO – Procede do Pai e do Filho; é como uma expiração, sopro de amor consubstancial entre o Pai e o Filho; pode-se dizer que Deus em sua vida íntima é amor, que se personaliza no Espírito Santo. Manifestou-se primeiramente no Batismo e na Transfiguração de Jesus; depois no dia de Pentecostes sobre os discípulos. Habita nos corações dos fiéis com o dom da caridade. Atribui-se ao Espírito Santo a Santificação do  mundo.


Albrecht Dürer - Adoração da Ssma. Trindade - Museu histórico de Viena

sábado, 18 de junho de 2011

O primeiro livro brasileiro sobre Bolos Artísticos



Ontem tive a felicidade de comprar uma raridade: o livro Bôlos Artísticos de Dolores Botafogo. Ela foi a primeira cake designer brasileira, e a edição que adquiri é de 1950, e me parece ser a 1ª edição. Muitas das "confeiteiras" e "boleiras" brasileiras, e principalmente as cariocas, foram suas discípulas. Aliás, encontrei até mesmo o depoimento de uma delas em Portugal. Disse ter frequentado a escola de Dolores, aqui no Rio, no ano de 1965, quando aqui morou.



Na introdução da obra, ela afirma que "o presente trabalho tem a finalidade de transmitir o resultado de minha experiência sem divagações que só serviriam para dissimular lacunas e falhas".
Em uma primeira leitura superficial, dá para se notar que ela realmente dá "o pulo do gato", e suas receitas parecem bem adequadas e factíveis para a época em que foram escritas.
São bolos para as mais variadas ocasiões e formatos, sob os auspícios do "Açúcar Pérola", seu patrocinador.


Eis algumas ilustrações que selecionei e compartilho aqui:


Grande Valsa


Princesa Fátima


Bodas de Prata


Duplo Enlace


Bolo para Dois


Três Amores