Foi o grande barão do Rio Branco que reforçou a diplomacia brasileira e era mestre na arte de receber. O serviço do cerimonial do Itamaraty, espaço que ele ocupou entre 1902 a 1912, sob seu comando, encomendou na Europa, cortinas, tapetes, móveis, louças, pratarias, cristais e elementos de decoração que até hoje são o orgulho da casa, agora, museu diplomático. O Itamaraty recebia delegações de diplomatas estrangeiros, comandos de navios da Marinha de Guerra de todo o mundo que aportavam no Rio de Janeiro, autoridades eclesiásticas que vinham de Roma e transitavam pela América Latina, escritores e filósofos echefes de Estado e membros das casas reais européias.
Carlos Cabral, autor do livro A mesa e a diplomacia brasileira: o pão e o vinho da concórdia, ressalta descobriu nos arquivos do Itamaraty, um telegrama do Barão do Rio Branco para Rui Barbosa, em Haia, na Conferência de Paz, quando Rui Barbosa escreveu falando da dificuldade em aprovar as propostas do Brasil. O Barão do Rio Branco incentivou: “ofereça um banquete por dia, porque é na mesa que se resolvem essas coisas”.
José Maria da Silva Paranhos Júnior, primeiro e único Barão do Rio Branco (Rio de Janeiro -1845/1912) foi geógrafo, historiador e advogado, formado pela Faculdade de Direito do Recife, membro da Academia Brasileira de Letras e diplomata. Atuou no Itamaraty nos governos de Rodrigues Alves, Afonso Penna, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca. Consolidou as fronteiras brasileiras, e é o responsável pelo desenho do nosso atual território.
Em 1945 recebeu uma grande homenagem do Governo: o órgão responsável pela formação dos diplomatas brasileiros, recebeu seu nome, Instituto Rio Branco.
Prato de porcelana de Limoges do serviço pessoal de Rio Branco
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