sexta-feira, 6 de julho de 2012

Copacabana, princesinha do mar

Essa receita é uma homenagem ao aniversário da mais famosa das praias do Rio de Janeiro. Hoje a Princesinha do Mar completa 120 anos e a comemoração é dupla, pois a Cidade Maravilhosa foi escolhida como Patrimônio Mundial da Unesco na categoria Paisagem Urbana.


A etimologia para o nome é bastante controversa: a primeira hipótese afirma que o nome deriva da língua quichua, falada no antigo império Inca, e significaria "local luminoso", "praia azul" ou ainda "mirante azul". Outras fontes afirmam que derivaria da língua aimará da Bolívia, com o significado de "vista do lago". Na Bolívia o nome é dado à uma cidade localizada nas margens do Lago Titicaca.




Carioca, o picadinho como o bom samba de malandro, alem de ótimo, tem data de nascimento incerta e autoria discutível.  Conta-se, nos bares, que foi sendo aprimorado através das madrugadas, dos boêmios e dos “botequins” que o preparavam. Nos anos dourados (50/60), deixou a Lapa boemia e fez muito sucesso na boate Meia-Noite, do hotel Copacabana Palace, onde passou a ser um prato com glamour, saboreado pela alta boemia da zona Sul e que acabou encantando, também,  grandes astros e estrelas de Hollywood que visitaram o Brasil. A carne era cortada na faca – requisito obrigatório na receita – cozida em panela de cobre e levava cebolinha picada bem fininha, louro, tomate, manjericão, segurelha e alecrim. Ia para a mesa em recipiente de barro, com arroz, agrião picado, farinha de mandioca, pimenta malagueta e ovo poché. Tinha, segundo os notívagos, o charme (tropical) da tradicional soupe d’oignon saboreada nas madrugadas parisienses. Para grande gáudio de toda a boemia tupiniquim, o picadinho se espalhou pelos grandes centros e acrescido de croquete de banana, continua hoje alimentando a alegria, não só das madrugadas, mas também de almoços e jantares - democraticamente, sem frescura - com o encanto boêmio de sua origem e o glamour dos anos dourados.


Ingredientes:


1 k de filé mignon
2 colheres de sopa de azeite de oliva
1 copo de pinga de alambique
2 dentes de alho amassadinhos
2 cebolas
Polpa de 4 a 6 tomates
1 folha de louro
2 colheres de sopa de tomilho fresco picado
1 colher de sopa de alecrim fresco picado
1 colher de sopa de manjericão picado
2 colheres de sopa de salsa picadinha
sal e pimenta do reino a gosto



Modo de Preparar:
Primeiro limpe a peça de filé, tirando toda fibra e gordura, depois com faca bem amolada, vá picando a carne em pedaços pequeninos, ponha-os em uma vasilha, tempere bem com alho socado, pimenta, alecrim, manjericão e tomilho. Misture a carne aos temperos e deixe-a marinando por 1 hora.  Em uma frigideira leve o azeite ao fogo, quando esquentar junte a carne, o louro e frite um pouco de cada vez (em cada fritada vá embebedando a carne com um pouco de cachaça) até dourar. Passe então a carne para uma panela e adicione o sal, a cebola batidinha, o manjericão, os tomates, a salsa e a cebolinha. Refogue bem, diminua o fogo e junte dois copos de água para que a carne cozinhe e fique com relativa quantidade de molho. Prove e ajuste o sal e a pimenta do reino. Quando a carne estiver macia e o molho grosso, retire do fogo e sirva em seguida. Acompanha arroz branco, ovo poché, farofa de ervas finas, croquete de banana e agrião picado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário