O pão, doce ou salgado, ocupou muito espaço na alimentação italiana. O pão "romagnola", inchado e doce, muito consumido antigamente pelos camponeses, foi substituído pelo urbanizado panetone, considerado antigamente como o "pão de Natal" dos bolognesis rurais, juntamente com os "pans di zucca" (pão de abóbora), o "pão de uva", o "panine", cozido no forno e composto de ovos, fermento, açúcar e sal, mais popularmente conhecidos por "ciambelle" e "ciambelloni".
No entanto, não apenas na Itália, seu país de origem, como também no mundo todo, o panetone tem sido, durante muito tempo, um grande artigo de consumo, e não há nenhuma família que não o teve em sua mesa pelo menos em ocasiões especiais como o Natal.
Seu típico formato lhe deu o apelido de "Doce da Catedral de Milão", cidade onde foi confeccionado pela primeira vez.
A real história do panetone, no entanto, se perdeu no tempo. E o que podemos encontrar hoje são apenas muitas lendas, nada provado. Uma delas diz que o panetone foi feito, pela primeira vez, no século III d.C. Teria a forma de um pão grande e era confeccionado com uma massa conservada pronta, modelada e depois posta para assar.
A segunda versão é de que o panetone teria sido confeccionado pela primeira vez por um certo Ughetto, no tempo de Ludovico, o mouro, na padaria Della Grazia, em Milão, e passou a se chamar no início de "Pani de Toni", nome do padeiro que o criou. No entanto, o panetone começou a ser conhecido no mundo todo a partir do ano de 300.
O pintor holandês Jan Albert Rootins (1615 - 1674) representou no centro de seu quadro "Natureza morta com frutas", um magnífico panetone.
Com o passar do tempo, na Itália, começaram a surgir nove tipos de panetones baseados em duas escolas: a primeira, descrita como um panetone redondo, com base larga, bastante baixo e achatado, comum durante a Páscoa, e a segunda, preferida pela grande indústria doce, onde o panetone é alto, com base estreita e com uma cúpula bem acentuada, comum na época do Natal.
Depois, conforme o panetone foi cada vez mais consumido em outros países, novos tipos foram surgindo, novos ingredientes acrescidos para satisfazer o paladar e os gostos.
Fonte: http://www.fleischmann.com.br/
Fabiano!
ResponderExcluirfui sua aluna no centro europeu, ha muitos anos, mas ate hoje uso suas preciosas dicas italianas quando viajo e tambem amigos e familiares. Parabens pelo seu sucesso, orgulhosos os curitibanos com o "Bicho do Parana"
beijao, buon natale, e felice anno nuovo
Lorete Abourihan/
Curitiba