Um blog de Cultura Gastronômica e Cultura em lato senso. Um pouco das minhas paixões:cozinha, livros e arte.Fruto de pesquisas acadêmicas, de pesquisas diletantes e de muito prazer.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Reveillon 2011
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Bûche de Noël
Uma das sobremesas preferidas nesta época do ano, na França e nos países francófonos é a Bûche de Noël (Tronco de Natal ou Tora de Natal). A tradição diz que na véspera do natal, uma tora de uma árvore frutífera era escolhida para queimar lentamente, durante um ciclo de 12 dias. Acreditava-se que o costume garantiria uma boa colheita no ano seguinte. Crenças a parte, alguns dizem que a sobremesa foi criada em 1945 em uma patisserie, enquanto outros afirmam que ela já existia no século XIX. Trata-se de um rocambole a base de creme de manteiga, que pode ter diversos sabores como chocolate, baunilha, morango, café e inclusive gelados, tipo sorvete.
Esse ano chefes, confeiteiros e designers famosos criaram verdadeiras obras de arte. Confira aqui algumas delas:
Hotel Ritz
Lanvin
Castelbajac
Christian Lacroix
Dalloyau
Kenzo
Pão de Natal grego
O Pão de Natal Christopsomo ou Kouloura tou Christou (pão redondo de Cristo), é o centro das atenções das mesas tradicionais do Natal grego, assim como grandes quantidades de figos secos, nozes e mel. Tradicionalmente, na véspera de Natal, todas as famílias assam um Christopsomo.
225 gramas de farinha de trigo
70 ml de leite
7 gramas de fermento biológico
1 unidade de ovo
35 gramas de açúcar refinado
1 pitada de sal
35 gramas de manteiga macia
raspas de ¼ de laranja
1 colher de café de canela
4 metades de nozes
1 ovo batido para pincelar
Modo de preparar:
Numa tigela despeje o leite morno e dilua o fermento, adicionando 50 g de farinha. Misture até que a farinha incorpore no líquido da massa e cubra com filme plástico, deixe crescer num local aquecido por 30 minutos.
Numa tigela, bata o ovo e o açúcar. A mistura deve ser espumosa. Adicione a primeira mistura na tigela. Aos poucos, adicione a farinha e o sal e misture até obter uma massa firme. Adicione a manteiga e amasse como massa de pão por cerca de 10 minutos.
Coloque a massa numa tigela limpa, cubra com filme plástico e deixe crescer até dobrar de volume em um lugar quente. Retire 25 g da massa para fazer dos dois rolos para a cruz bizantina. Adicione as raspas de laranja e a canela e misture bem. Forre um tabuleiro com papel manteiga untado e em seguida coloque a bola da massa dentro do tabuleiro para assar. Com os dois rolos que você separou imite uma cruz bizantina. No meio de cada haste da cruz coloque uma metade de noz ou um damasco. Asse em forno pré-aquecido a 190 graus por 30 minutos.
Christmas Pudding 2011
Já publiquei a receita no blog no ano passado, mas as imagens são lindas e acho as imagens vitorianas de natal lindíssimas. Seguem aqui mais algumas delas, para o deleite visual.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
Dica de Paris via conexão Paris
PARIS: UM PROGRAMA ESPECIAL
Para aqueles que estão à procura de programas fora dos circuitos parisienses normais aqui está uma sugestão inusitada.
Um restaurante efêmero instalado no teto de um prédio em construção. O espaço foi apropriado pela Champagnes Krug, decorado com cuidado e a cozinha dirigida pelo chef duas estrelas Arnaud Lallement.
Neste endereço secreto, Krug propõe o espetáculo sublime da cidade mais bonita do mundo harmonizada com os champagnes da marca.
Proposta válida até o dia 6 décembre 2011 com o número limitado de 14 pessoas no almoço e no jantar. Quer dizer, poucos irão viver esta experiência.
No cardápio duas possibilidades:
. um menu à 150 euros por pessoa acompanho por três coupes de champagne Krug Grande Cuvée e Krug Rosé.
. um menu à 300 euros por pessoa acompanhado por três taças de champagne Clos-du-Mesnil 2000 e vintange 2000.
Para maiores informações e para reservar seus lugares cliquem no link abaixo.
Figos
A maneira correta de comer um figo à mesa
É parti-lo em quatro, pegando no pedúnculo,
E abri-lo para dele fazer uma flor de mel, brilhante, rósea, húmida,
desabrochada em quatro espessas pétalas.
Depois põe-se de lado a casca
Que é como um cálice quadrissépalo,
E colhe-se a flor com os lábios.
Mas a maneira vulgar
É pôr a boca na fenda, e de um sorvo só aspirar toda a carne.
Cada fruta tem o seu segredo.
O figo é uma fruta muito secreta.
Quando se vê como desponta direito, sente-se logo que é simbólico:
Parece masculino.
Mas quando se conhece melhor, pensa-se como os romanos que é
uma fruta feminina.
Os italianos apelidam de figo os órgãos sexuais da fêmea:
A fenda, o yoni,
Magnífica via húmida que conduz ao centro.
Enredada,
Inflectida,
Florescendo toda para dentro com suas fibras matriciais;
Inflectida,
Florescendo toda para dentro com suas fibras matriciais;
Com um orifício apenas.
O figo, a ferradura, a flor da abóbora.
Símbolos.
Era uma flor que brotava para dentro, para a matriz;
Era uma flor que brotava para dentro, para a matriz;
Agora é uma
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Dia de Ação de Graças III
Torta de Nozes Pecan ou Pecan pie
Ingredientes:
Para a massa:
2 xícaras de farinha de trigo peneiradas
150 g de manteiga gelada em pedaços
3 colheres de sopa de água gelada
Para o recheio:
90 g de açúcar mascavo
1 colher de sopa de farinha de trigo
1 xícara de glucose de milho
20 g de manteiga em temperatura ambiente
2 ovos
1 colher de chá de açúcar de baunilha ou a fava de uma baunilha
250 g de nozes pecan quebradas
nozes pecan em metades para decorar a superfície da torta
Modo de preparar:
Numa tigela coloque a farinha e a manteiga gelada e vá amassando até formar uma farofa grossa. Acrescente a água e amasse mais até formar uma bola. Descanse a massa por 1 hora na geladeira. Abra a massa com um rolo e forre uma forma de fundo removível untada com manteiga e farinha de trigo. Prepare, a seguir, o recheio. Numa tigela, junte o açúcar, a farinha, a glucose de milho, a manteiga, os ovos e a baunilha e misture bem até ficar homogêneo. Acrescente as nozes quebradas e misture. Encha a massa de torta com esse recheio, cubra a superfície com as nozes em metades e leve para assar por 50 minutos a 180°C ou até a massa ficar firme.
Dia de Ação de Graças II
Louça inglesa Johnson & Brothers
O nome Thanksgiving significa Ação de Graças. É o dia de agradecer por tudo de bom que aconteceu durante o ano, agradecer a família, amigos e desconhecidos que tornaram, de alguma forma, a nossa vida melhor.
A origem desse dia remonta a 1621. No ano anterior, 102 peregrinos pertencentes a uma seita religiosa puritana da Inglaterra, tomaram o navio Mayflower e vieram para a América fugindo de perseguições religiosas no país de origem. Sem experiência com o trabalho na terra e sofrendo no inverno rigoroso da costa leste americana, tiveram muitas perdas e não teriam sobrevivido não fosse a
Dia de Ação de Graças I
Os primeiros Dias de Ação de Graças na Nova Inglaterra eram festivais de gratidão a Deus, em agradecimento às boas colheitas anuais. Por esta razão, o Dia de Ação de Graças é festejado no outono, após a colheita ter sido recolhida e é comemorado na quarta quinta-feira de novembro.
O primeiro deles foi celebrado em Plymouth, Massachusetts, pelos colonos que fundaram a vila em 1620. Após péssimas colheitas e um inverno rigoroso, os colonos tiveram uma boa colheita de milho no verão de 1621. Por ordem do governador da vila, em homenagem ao progresso desta em relação a anos anteriores, uma festividade foi marcada no início do outono de 1621. Os homens de Plymouth mataram patos e perus. Outras comidas que fizeram parte do cardápio foram
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Majólica ou maiólica?
Já que falamos de majólica no post anterior, aqui vai um esclarecimento.
Técnica originada na Itália e introduzida na Península Ibérica em meados do século XVI. Não é simples esclarecer a origem do termo: talvez seja uma locução italiana para a ilha de Maiorca, porto de onde eram exportados os azulejos, ou uma metamorfose do termo Opera di Mallica usado desde o século XV para
Técnica originada na Itália e introduzida na Península Ibérica em meados do século XVI. Não é simples esclarecer a origem do termo: talvez seja uma locução italiana para a ilha de Maiorca, porto de onde eram exportados os azulejos, ou uma metamorfose do termo Opera di Mallica usado desde o século XV para
Alcachofras: prato dos nobres
Natureza-morta com alcachofras
Luiz Egidio Melendez - 1773
coleção particular
Ao saborear uma alcachofra, além de consumir um poderoso alimento, você estará se deliciando com uma flor exótica e medicinal. Na verdade, a alcachofra (Cynara scolymus) que consumimos é uma flor imatura, pertencente à mesma família das margaridas e dos girassóis - a família das Compostas. Conta-se que ela saiu do jardim e foi para a mesa na época do Império Romano, quando
Alcachofras: como servi-las
majólica francesa - séc. XIX
A alcachofra é servida cozida, como entrada, com um molho à base de vinagre ou de manteiga. As folhas são retiradas com as mãos, uma a uma, e a parte macia deve ser mergulhada no molho e retirada com a ponta dos dentes. O molho deverá estar em um pequeno recipiente individual, junto ao prato. Depois, a folha é colocada na beira do prato. Para chegar ao fundo da alcachofra, é necessário retirar delicadamente com garfo e faca os pelos amargos espinhosos que o recobrem. Em situações mais formais recomenda-se o uso da lavanda, já que as folhas são levadas à boca com a mão. Pode-se, no entanto, preparar só o fundo da alcachofra, de diversas maneiras. Aqui estão alguns pratos antigos utilizados especificamente para o serviço dessa iguaria. Um luxo!
prato de majólica francesa - 1920
majólica francesa de Sarreguemines - final séc. XIX
majólica portuguesa
início séc. XX
Serviço para alcachofras
majólica francesa de Saint-Clement, 1900
Serviço de prata - França, 1840
Serviço da família real belga
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